segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Ele nasceu em 1928, na época do nazismo que surgia e tomava conta da Alemanha. Freddy, juntamente com seu pai e seu irmão fugiram para a Bélgica, depois de um tempo sua mãe e seu outro irmão também foram para lá, mas em 1940 a Segunda Guerra Mundial expandiu-se tanto pela Bélgica quanto pela Holanda, não demorou muito para que seu pai e seus irmão fossem capturados pelos soldados nazistas, levados para o campo de concentração e mortos ali.
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
A merda da minha vida
Era algum dia de janeiro de 2018,
já acordei nervosa para a entrevista que eu ia ter naquela manhã. Faz um tempo
que eu já não sou mais uma adolescente, sou adulta, madura e quase
independente, Mas nesse momento ainda
precisava da companhia da minha mãe ao meu lado, vai que algo desse errado, o
que eu iria fazer?
Não demorou muito tempo para que eu sentisse um
mal-estar, motivado por algo que mais parecia contrações na minha barriga, e
pior que está sentido o incômodo, era recordar que eu precisaria pegar dois
coletivos para chegar até o meu destino final. São nessas horas da vida em que
eu paro e penso:
-"Eu deveria ter nascido rica e não
bonita."
Confesso que a minha vontade era de me trancar
dentro do banheiro e ali ficar, mas o que eu teria que fazer mesmo, era ficar
no ponto de ônibus até que o mesmo passasse, por sorte não precisei pegar os
dois busão, pois cheguei a tempo de pegar um “linha direta”; - esses que vão
direto ao destino final sem fazer paradas em outros pontos. Ao entrar no
ônibus, a situação só foi se agravando, consegui segurar a náusea até meu
destino final, mas bastou eu colocar os pés na calçada para eu lançar pela boca
toda a matéria que existia no meu estômago.
Olhei para minha mãe que estava ao meu lado e
falei: “Mãe, eu não estou bem. ” Continuamos a caminhar aceleradamente até o
escritório onde aconteceria a entrevista e enquanto caminhávamos um dilurimento
caminhava junto comigo, não demorou muito para que eu sentisse o chicotinho
chegando no caneco e para minha sorte, mais uma vez, eu já estava a porta do
banheiro do escritório do meu entrevistador, pedi licença e sem pensar duas
vezes entrei e expeli todas as fezes deterioradas que estavam dentro do meu
organismo, o resultado foi um ambiente catingoso e impróprio para um futuro
uso.
A situação realmente não estava fácil, olhei para a
minha mãe e disse: “Mãe, caguei! ” Ela não escondeu o olhar de constrangimento
e vergonha alheia e com seu silêncio me acompanhou naquela entrevista. Ficar
naquela cadeira em frente aquele homem, sentindo que a qualquer momento a merda
ia sair novamente, foi uma situação bastante constrangedora, ficar quieta era
impossível, eu olhava para minha mãe na esperança de que ela fizesse alguma
coisa para me ajudar, mas o que eu recebia de volta era um olhar de repreensão
pela maneira como eu estava me portando. Minha mãe literalmente, só me
acompanhou naquela entrevista.
Quando saímos de lá e nos direcionarmos para o
ponto de ônibus afim de retornamos para casa, cumpriu-se na minha vida aquele
famoso ditado: “Não há nada tão ruim que não possa piorar”. Diante de um ponto
lotado de pessoas as últimas forças que existiam em mim para segurar a bosta,
se acabaram. Mas não era o suficiente escorrer pelo meu traseiro, a minha boca
também foi encontrada como uma saída de emergência para todo aquele desarranjo
intestinal.
Minha mãe, coitada, só me olhava e dizia: “Para com
isso, menina, está me fazendo passar vergonha. ” - Ah, queria eu poder parar de
me cagar e golfar daquele jeito; a essas alturas chorar tornou-se algo
inevitável para mim, me afastei um pouco do ponto para tentar evitar mais
constrangimento, se é que era possível, quando de repente a minha mãe teve a
ideia genial de pedir emprestada uma cadeira para o dono de uma banquinha o
lado. A cadeira, é claro, não poderei ser mais confortável, toda com um tecido
veludo liso azul, ótima para quem estava com merda até no joelho.
Com um olhar desespero e aos prantos, fazendo um
gesto de negação com a cabeça, olhei para minha mãe e disse: “Eu não vou
sentar. ” Mas antes que eu pensasse em abrir a boca novamente fui lançada de
uma maneira delicada, igual ao coice de uma mula, sobre a cadeira pela minha
amorável e compreensiva mãe, que logo em seguida se afastou já com o celular na
mão tentando entrar em contato com o esposo dela, que por sinal é meu pai, para
que fosse nos buscar.
Ah, diante desse momento, não sei qual das duas
situações seguintes me irritou mais, se foi a minha mãe extremamente irritada,
falando para o meu pai ir rápido nos buscar, pois eu estava expondo ela a
vergonha ou se foi o momento em que um rapaz muito bonito, enquanto ela estava
em ligação, se aproximou de mim e perguntou se eu usava droga ou estava
grávida.
Graças a Deus, meu pai chegou até o local onde
estávamos, cobriu os estofados do carro com sacolas plásticas e ali eu fui. Ao
entrarmos no carro minha mãe me disse somente uma frase: “Quando chegarmos em
casa a gente conversa, Anilorac. ”
E assim seguimos para casa, minha mãe irritada, meu
pai confuso e eu toda cagada.
Multiculturalismo? O que é?
Entende-se
por multiculturalismo tanto
os estudos acadêmicos quanto as políticas institucionais que se desenvolvem em
torno das questões trazidas pela emergência das sociedades multiculturais. Uma
sociedade multicultural é aquela que, em um mesmo território, abriga povos de
origens culturais distintas entre si. As relações entre esses grupos podem ser
aceitação e tolerância ou de conflito e rejeição. Isso vai depender da história
da sociedade em questão, das políticas públicas propostas pelo Estado e,
principalmente, do modo específico como a cultura dominante do território é
imposta ou se impõem para todas as outras. A convivência entre culturas
diferentes não é uma questão nova, mas que se se intensificou nos últimos anos
devido a acontecimentos marcantes.
Mas dentro das salas de aula? Existe
multiculturalismo?
Dentro
das salas de aula, não é diferente, ali encontramos e agrupamos pessoas, cada
um com sua particularidade, cultura, modos, princípios e pensamentos. Mas como
um educador pode trabalhar em um ambiente como esse? Sabemos que nem sempre as
coisas dão certo em um ambiente com tantas diferenças, mas o que fazer? Como
lidar?
Lidando com as identidades e as
diferenças na sala de aula
a)
procurar aumentar a consciência das situações de opressão que se expressam em
diferentes espaços sociais, é importante que os/as estudantes percebam com
clareza a existência de preconceitos e discriminações e verifique como eles
podem estar afetando suas experiências pessoais, assim como a formação de sua
identidade. Que compreendam as relações de poder entre grupos dominantes e
subalternizados (homens/mulheres; brancos/negros), que têm contribuído para
preservar situações de privilégio e de opressão.
b)
propiciar ao/à estudante a aquisição de informações referentes a distintos
tipos de discriminações e preconceitos. Socializar pesquisas, leituras,
discussões, seminários etc. com informações obtidas de fontes como:
autobiografias, documentos históricos, dados estatísticos e demográficos,
dentre outros.
c)
estimular o desenvolvimento de uma imagem positiva dos grupos subalternizados.
Propiciar aos/à estudantes contato com a literatura de cordel, valorizando a
arte popular nordestina; pesquisas sobre movimentos femininos, incentivando o
respeito à mulher e à criança.
d)
favorecer a compreensão do significado e da construção de conceitos que têm
sido empregados para dividir e discriminar indivíduos e grupos, em diferentes
momentos históricos e em diferentes sociedades. Conceitos como: cultura, raça,
etnia, gênero, sexualidade, deficiência, classe social, poder preconceito,
opressão, estereótipos, política de identidade.
e)
facilitar ao/à estudante a compreensão e a crítica dos aspectos das identidades
sociais estimulados pelos diferentes meios de comunicação. Textos que analisam
os currículos da mídia, do shopping center, do McDonals’s, da Barbie, da
propaganda, dos super-heróis etc.
f)
propiciar ao aluno a possibilidade de novos posicionamentos e novas atitudes
que venham a caracterizar propostas de ação e intervenção. Propor a elaboração
de planos e sugestões que possam minorar situações de desconforto e de carência
que incrementem identidades submissas ou marginalizadas (ver questões p.
52-53).
g)
articular as diferenças. A sala de aula nem sempre é, para todos os alunos, um
lugar seguro. Não é suficiente criar condições para que a sala de aula se
transforme em um espaço em que todos se sintam à vontade para falar. As coisas
não se passam de modo tão simples. As relações de poder existentes na sociedade
e na sala de aula impedem que muitos falem livremente.
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